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Maio é o mês internacional de conscientização sobre o melanoma


O mês de maio marca o período de conscientização e combate ao melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. O Instituto Melanoma Brasil, uma ONG dedicada à divulgação e conscientização sobre o melanoma, está lançando sua nova campanha anual para alertar a população sobre os riscos da doença, a importância do diagnóstico precoce e medidas preventivas.



O que é o melanoma?


O melanoma cutâneo se origina nas células que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele, e representa 3% de todos os cânceres de pele, mas é responsável pela maioria das mortes por esse tipo de câncer, devido à sua alta capacidade de metástase. No Brasil, o câncer de pele é mais comum do que os outros 17 tipos de tumores, com mais de 100 mil novos casos diagnosticados anualmente em todo o mundo.


Sinais e sintomas

É essencial estar atento aos sinais e sintomas do melanoma, que incluem manchas que coçam, ardem, escamam e sangram, sinais ou pintas que mudam de tamanho, feridas que não cicatrizam e mudanças na textura da pele. A regra ABCDE é uma ferramenta didática para reconhecer a doença em estágios iniciais: Assimetria, Bordas irregulares, Cor variada, Diâmetro aumentado e

Evolução das características das pintas ao longo do tempo. Caso identifique qualquer alteração, consulte um dermatologista imediatamente.


Prevenção ainda é o melhor caminho

Vários fatores de risco contribuem para o desenvolvimento do melanoma, incluindo exposição solar excessiva, características da pele como clareza, histórico pessoal de câncer de pele, histórico familiar da doença, entre outros. A prevenção é fundamental e inclui medidas como fazer o autoexame regular da pele, evitar a exposição solar das 10h às 16h, aplicar protetor solar regularmente, proteger bebês e crianças do sol, consultar um dermatologista anualmente e manter uma alimentação saudável.


Avanços da REMITRIBIC na luta contra o melanoma

O melanoma é um dos cânceres de pele mais agressivos e seu tratamento, especialmente em estágios avançados, pode ser desafiador e dispendioso. Buscando alternativas eficazes e acessíveis, a pesquisadora Sara Santos Bernardes, da Universidade Federal de Minas Gerais, lidera um projeto inovador na REMITRIBIC (Rede Mineira de Pesquisa Translacional em Imunobiológicos e Biofármacos no Câncer).






O estudo foca nas beta-glucanas fúngicas, substâncias que têm se destacado pelos seus efeitos imunomoduladores e antiproliferativos. Em particular, a (1→3)(1→6)-β-glucana botriosferana, produzida pelo fungo Botryosphaeria rhodina MAMB-05, mostrou resultados promissores em pesquisas prévias da equipe.


A pesquisa será conduzida em várias etapas. Inicialmente, serão utilizados modelos experimentais murinos de melanoma para avaliar a resposta imune à botriosferana e compará-la com uma beta-glucana comercial. Em seguida, serão realizados estudos em camundongos imunodeficientes para avaliar os efeitos diretos da substância sobre o melanoma.


Um dos pontos altos do projeto é o potencial uso tópico da botriosferana em pacientes com lesões melanocíticas malignas cutâneas em estágios iniciais. Essa abordagem poderia oferecer um tratamento menos invasivo e mais acessível para uma condição que, se não tratada precocemente, pode evoluir para estágios mais graves.


Além disso, a pesquisa buscará estabelecer parcerias com o ambulatório de lesões melanocíticas do HC/UFMG para avaliar a aplicabilidade clínica dessas descobertas. Com resultados positivos, o próximo passo seria a realização de ensaios clínicos para avaliar a eficácia das beta-glucanas fúngicas no tratamento não apenas do melanoma, mas também de outros tipos de câncer.


Esse trabalho representa um avanço significativo na busca por terapias mais eficazes e acessíveis para o melanoma e outros tipos de câncer. A equipe da REMITRIBIC, sob a liderança da pesquisadora Sara Santos Bernardes, está comprometida em contribuir para a melhoria dos tratamentos disponíveis e, consequentemente, para a qualidade de vida dos pacientes.



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